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terça-feira, 21 de agosto de 2012

A NECESSIDADE DE DISCERNIMENTO BÍBLICO

Mateus 7:15 "Acautelai vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores".

Os falsos ensinos só ganham terreno onde há falta de conhecimento bíblico aliado à ausência do discernimento. Cerca de 750 a.C, por intermédio do ministério do profeta Oséias, Deus já se queixava: "0 meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento..." (Ose 4:6). Após muitos séculos, a falta de conhecimento continua sendo a causa de muitos problemas do homem em relação a Deus. Por isso a Igreja é admoestada a meditar na Palavra de Deus a cada dia e fazer dela sua defesa contra as falsas doutrinas.


0 apóstolo Paulo na primeira carta que escreveu aos Corintios falou sobre três tipos de homens, e descreveu a forma como cada um deles reage às realidades espirituais (1º Cor 2:14). De acordo com a sua colocação, fica claro que cada pessoa se enquadra em uma das três categorias: ele pode ser natural, espiritual ou carnal. Vejamos, portanto, como estes três tipos podem influenciar nossa vida espiritual.

0 homem natural. Paulo nos informa que, o homem natural não compreende as coisas do Espírito (1º Cor 2:14a). Ele sustenta a sua afirmação colocando para isso duas razões principais: Primeira razão, "porque lhe pare ce loucura". 0 homem que não é nascido de novo, portanto privado do Espírito Santo, não tem interesse e nem apreço pelo ensino da Palavra (Num 15:31). Ele não só acha loucura ficar ocupando o seu tempo com coisas espirituais, como também a aceitá las como verdades vindas de Deus, por isso acha mais importante ocupar sua mente com a sabedoria do mundo (1º Cor 1:18 23).

0 homem espiritual. 0 homem que antes andava pelos seus próprios caminhos, não discernindo a importância das coisas de Deus e nem se importando com elas, mediante a obra da regeneração é despertado para reagir favoravelmente às realidades espirituais (2º Ped 1:3:4). É que ele, como resultado de uma nova lei que se planta na sua interioridade, deixa de viver apenas em função da sua natureza temporal para viver uma perspectiva eterna e espiritual (1º Ped 2:1-5). E dentre as muitas características desse novo viver, estão aquelas que lhe permite ser um homem de discernimento (1º Cor 2:15).

0 homem carnal. Infelizmente, para alguns crentes, Paulo disse: “E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo" (1º Cor 3:1). Neste texto, ele não está tratando com pessoas descrentes, mas com os próprios
crentes, só que carnais. 0 crente carnal é aquele que já foi regenerado, mas, vê como se não fosse. É crente guiado e controlado pela carne (Rom 8:8). A este, a verdade espiritual parece ficar entre fumaças e aquilo que poderia ser claro à sua mente, passa a ser indiscernível (1º Cor 11:29).


Entende se por discernimento a capacidade que a pessoa tem de estabelecer diferença. Segundo Aurélio, é "a faculdade de julgar as coisas, clara e sensatamente”. Concernente ao âmbito espiritual da vida é a capacidade de distinguir entre as alternativas, qual é a que mais se aproxima daquilo que a Bíblia tem a dizer no tocante a determinado tema (Heb 5:14). É algo que vem de Deus: "A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal. Porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo?" (1º Reis 3:11).

A falta de leitura Bíblica. Quando falamos em leitura, estamos nos reportando ao hábito diário que cada crente deve ter em relação à Bíblia. Não há de que duvidar, a falta de discernimento esta ligada direta e proporcionalmente à falta de leitura acompanhada de meditação das Sagradas Escrituras. Se nós cristãos como um todo, nos despertássemos para essa prática, fecharíamos de vez as portas para as seitas e heresias (1º Tim 4:15:16). Só o conhecimento da Palavra de Deus pode fazer a defesa certa contra os ataques das seitas (Sal 119:105).

A falta de oração. Sabedoria e discernimento, são duas virtudes que caminham inseparáveis, e a forma de adquiri las está definida por Tiago (Tia 1:5). Quando o crente ora pedindo discernimento ele está dando liberdade ao Espírito Santo em sua vida, para que Ele possa conduzi lo nas circunstâncias difíceis (1º Cro 21:10 13). 0 grande exemplo está no próprio Jesus orando para a escolha dos seus discípulos, foi uma noite inteira de oração (Luc 6:12 16).

A falta de crescimento espiritual. De todos os apóstolos, Paulo foi o que mais se preocupou com o crescimento espiritual da Igreja e dos seus membros individualmente (Efe 4:15). Em todas as cartas que escreveu foi o único assunto que não deixou de abordar em nenhuma delas (Fil 3:1). Ele fez a seguinte exortação quando escreveu a sua primeira carta aos Corintios para dar instruções acerca de excessos quanto às manifestações dos dons espirituais: "Irmãos, não sejamos meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia e adultos no entendimento" (1º Cor 14:20).


Não há prejuízo maior para a Igreja e seus membros individualmente do que a falta de discernimento espiritual (1º Cor 12:10). A falta dele faz o povo ficar vulnerável aos ventos de doutrinas com implicações sérias para a saúde espiritual do corpo (Gal 5:9). Um dos maiores desafios do ministério de Jesus foi combater contra o fermento dos fariseus (Luc 12:11).

A falta de discernimento traz problemas para a Igreja. A primeira implicação que a falta de discernimento traz, é vida espiritual confusa. Esta foi a situação em que ficou a igreja de Corinto, onde Paulo teve que escrever uma carta par por fim a confusão (1º Cor 11:18). Quando o povo não sabe discernir, se não houver uma liderança espiritual vigorosa o povo se corrompe.
b) A falta de discernimento traz problemas para a vida cristã. Cresce a cada dia o número de crentes espiritualmente enfermos, porque ao buscar uma ajuda espiritual, a palavra que, às vezes ouve, acrescenta mais confusão do que esclarecimento (1º Sam 28:11 15). É cada vez maior o abandono da Bíblia como fonte de revelação de Deus para o viver diário, e a busca por soluções em fontes nem sempre confiáveis (Jer 2:13). A ânsia das pessoas por profecias e revelações tem dado à Bíblia a conotação de um livro de segunda necessidade (Isa 34:16).

A falta de discernimento pode levar à apostasia. Paulo nos advertiu (1º Tim 4:1). Essa é a conseqüência final da falta de discernimento spiritual. Primeiro vem a dúvida, ela alimentada, gera interiormente uma barreira de resistência à Palavra de Deus (Heb 3:7-8). A resistência não quebrada finalmente leva a pessoa à apostasia, que é "descair da fé" (1º Tim 4:1), "desviar-
se do Deus vivo" (Heb 3:12).


Deus não espera outra coisa do seu povo neste tempo de apostasias e inverdades, que não seja uma vida de discernimento. 0 homem espiritual discerne bem todas as coisas e sabe distinguir entre o falso e o verdadeiro, o que edifica e o que não edifica (1º Cor 6:12). Ele confere a procedência, o que vê, o que ouve e o que lê (Atos 17:10-11).

É preciso o apoio pastoral para o discernimento. A pior situação espiritual é a do crente que não tem pastor (Mat 9:36). 0 crente que não tem pastor, ele bebe em muitas fontes e nunca aprende a submeter se à autoridade espiritual, e submissão é condição imprescindível para nos situarmos corretamente no reino de Deus. Infelizmente, o crente que não tem pastor sobre sua vida, nos momentos de dificuldades torna se presa fácil dos lobos (Atos 20:22 30), pois não sabe discernir entre o certo e o errado.

É preciso ter senso de valor. 0 crente precisa ter senso de valor, saber o que é mais ou menos importante para sua vida espiritual. 0 caráter e a conduta começam na mente (1º Cor 2:16). Nossas ações são afetadas pelas coisas que habitam os nossos pensamentos. Paulo adverte seus leitores a se concentrarem nas coisas que resultarão na vida correta e na paz de Deus (Fil 4:8).

É preciso uma avaliação pessoal. Paulo disse: "Examinai vos a vós mesmos se permaneceis na fé, provai vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós?" (2º Cor 13:5). Não raro, os nossos alvos ficam desvirtuados, é preciso estarmos sempre avaliando algumas áreas da nossa vida. É preciso avaliar as nossas atitudes, se elas estão dentro do padrão de Deus para elas (1º Cor 11:28; Ga1 6:4). É preciso avaliar o nosso nível de devoção a Deus e à sua Palavra (João 8:31). É preciso avaliar os sintomas que medem o nosso crescimento espiritual (Fil 3:13-14).


Para a firmeza da fé é preciso viver com discernimento. Quem não discerne, jamais conseguirá afirmação como um crente maduro e equilibrado. É sabendo fazer diferença entre "coisas e coisas", que a nossa fé ganha grandeza. Há uma grande necessidade de sabermos discernir os dias atuais, pois são dias de grande "confusão espiritual, onde o crente é confrontado com as seitas e ideologias humanas. Vigiemos, pois, e sejamos sóbrios.

1 comentários:

Anônimo disse...

A PAZ DO SENHOR JESUS,IRMÃO,QUERO comentar o artigo sobre Eli Soriano, antes postado., e dizer que fica difícil acreditar em tudo que você escreveu, pois em primeiro lugar, precisamos de provas, segundo e mais correto, visto que só Deus conhece os corações, faz-se necessário a afirmativa do réu a constar. As interpretações sobre Deus o Pai, Deus o Filho e Deus Espirito Santo estão corretas creio que o irmão tenha pouco entendimento sobre a Palavra,e não entende alguns pontos de vista do mesmo. No que se refere as suas atrocidades como homem, nenhum de nós somos irrepreensíveis diante do pecado e das tormentas da vida. Se formos basear o evangelho na nossa capacidade de perfeição, ninguém pregará o evangelho para nós e nem eu, e nem você pregaremos ao mundo. E como disse Paulo, se seja por contenda, por soberba, por torpe ganancia., ou qualquer outro meio, importa que Cristo seja pregado. E aqueles que forem chamados á SALVAÇÃO, ouviram a voz que diz; SAI DELA POVO MEU!!!,Porque DISSE JESUS; Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco,
GUARDA O TEU CORAÇÃO!!! a PAZ DO SENHOR JESUS. Sim meu nome é Claudio Rocha, Piracicaba são Paulo.